AVISO PRÉVIO DE GREVE TODOS OS TRABALHADORES DA SAÚDE 21 DE NOVEMBRO DE 2025

O STTS - Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos manifesta a sua veemente oposição à Proposta de Lei do Orçamento do Estado para o ano de 2026 (Proposta de Lei n.º 37/XVII/1.ª) " proposta pelo atual governo, considerando-a um retrocesso histórico que colocará Portugal numa posição ainda mais desfavorável no contexto europeu e penalizará gravemente os trabalhadores portugueses.

Em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores, contra o retrocesso histórico “Trabalho XXI

O STTS – Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos manifesta a sua veemente oposição à Proposta de Lei do Orçamento do Estado para o ano de 2026 (Proposta de Lei n.º 37/XVII/1.ª) ” proposta pelo atual governo, considerando-a um retrocesso histórico que colocará Portugal numa posição ainda mais desfavorável no contexto europeu e penalizará gravemente os trabalhadores portugueses.

Portugal ocupa atualmente apenas o 12º lugar entre os 22 países da União Europeia com salário mínimo, recebendo menos 61% do que o Luxemburgo“, Com esta reforma, corremos o risco de descer ainda mais no ranking europeu, aproximando-nos perigosamente dos últimos lugares como:

É inaceitável que países como a Polónia e a Lituânia, que há poucos anos estavam muito abaixo de Portugal, nos tenham ultrapassado. Esta reforma só acelerará esta tendência negativa.

Recorde-se que entre 2021-2023, Portugal alcançou o melhor nível de alinhamento com os padrões europeus de proteção laboral através da Agenda do Trabalho Digno. A reforma “Trabalho XXI” destrói sistematicamente estas conquistas:

  • Contratos a termo: Aumento da duração máxima de 2 para 3 anos (maior precariedade)
  • “Compra de férias”: Perda de 2 dias de férias com perda de retribuição
  • Banco de horas individual: Reintrodução desta modalidade prejudicial
  • Banco de Horas e Banco de Horas Grupal por Adesão Tácita: as vantagens são todas da entidade empregadora que “pode dispor de horas a mais à medida que delas necessite por um custo igual ao das horas normais” as desvantagens ficam todas do lado do trabalhador que perde não só capacidade de organizar a sua vida pessoal como monetariamente por via de não lhe serem pagas as horas extraordinárias.”
  • Subsídios em duodécimos: Diluição dos apoios salariais

Enquanto a Europa caminha para maior proteção dos trabalhadores, o Governo Português propõe um retrocesso de décadas. Isto é inadmissível.

Os dados são claros sobre o prejuízo dos trabalhadores em Portugal face à Europa:

Com esta reforma, os trabalhadores em Portugal ficarão ainda mais empobrecidos relativamente aos seus colegas europeus. É uma política de empobrecimento. Portugal tem obrigações legais de implementar várias diretrizes europeias até 2026:

  • Diretiva de Transparência Salarial
  • Diretivas de Igualdade
  • Salários Mínimos Adequados (Diretiva UE 2022/2041)

Em vez de cumprir as obrigações europeias, o governo propõe o oposto.

O STTS denuncia com veemência a discriminação sindical praticada pelos consecutivos governos:

 

EXIGIMOS SER OUVIDOS! QUEREMOS SER OUVIDOS! É incompreensível e inaceitável que o governo se recuse sistematicamente a reunir connosco. Não sabemos porquê, mas o governo reúne com os sindicatos do regime e ignora-nos completamente.”

  • STTS é excluído de todas as reuniões sobre a reforma laboral
  • Outros sindicatos são ouvidos regularmente pelo governo
  • Trabalhadores dos serviços públicos ficam sem representação nas negociações
  • Violação dos princípios democráticos de representação sindical

Esta postura discriminatória é antidemocrática e incompreensível. Representamos milhares de trabalhadores que não se reveem nas estruturas sindicais que regularmente se reúne com o Governo e que têm direito a ser ouvidos nas decisões que os afetam diretamente.

Face a esta recusa do Governo em abrir diálogo, o STTS lança um ultimato claro:

Se esta posição discriminatória se mantiver por parte do governo, os trabalhadores SAIRÃO À RUA para se manifestarem e reivindicarem os seus direitos e os direitos das suas famílias.

  • Manifestações de rua: “Os trabalhadores não aceitarão ser ignorados”
  • Greves setoriais: “Cada setor mobilizar-se-á para defender os seus direitos”
  • Protestos nacionais: “Será um movimento nacional de contestação”
  • Desobediência cívica: “Se não nos ouvem, os trabalhadores farão ouvir a sua voz na rua”

O STTS rejeita categoricamente a reforma “Trabalho XXI” e anuncia resistência total à sua implementação:

  • Regresso das greves: Esta reforma trará de volta o clima de conflitualidade laboral.
  • Êxodo de trabalhadores: Mais jovens emigrarão para países com melhores condições.
  • Desinvestimento estrangeiro: Que quer investir num país com trabalhadores descontentes?
  • Isolamento europeu: Portugal ficará ainda mais atrasado em relação aos países da União Europeia.

O STTS representa trabalhadores em todo o território Nacional que merecem respeito e consideração“, se o governo continuar a recusar-se a ouvir-nos, assumirá toda a responsabilidade pela instabilidade social que se seguirá. Assim exigimos;

  1. Reunião urgente com o governo sobre a reforma “Trabalho XXI”
  2. Fim da discriminação sindical praticada pelo executivo
  3. Participação efetiva nas negociações laborais
  4. Retirada imediata da proposta de reforma

A democracia exige diálogo. Se o governo o recusa, os trabalhadores farão valer os seus direitos constitucionais de manifestação e protesto por direitos ameaçados;

  • Salário mínimo cresceu 72% na década passada – progresso ameaçado
  • Posição europeia estagnada – outros países ultrapassaram-nos
  • 18º lugar no salário médio europeu – tendência para descer

Por uma Europa dos trabalhadores, contra o retrocesso português”

“Exigimos ser ouvidos – A democracia não se faz ignorando os trabalhadores”

Mais se comunica que em relação aos trabalhadores que laboram em regime de turnos:

Quando o ciclo se inicia em cada dia de calendário às 20:00 horas ou depois, a greve pode ir do início do ciclo em 20 de novembro de 2025 e prolonga-se até ao fim do respetivo ciclo do dia 21 de novembro de 2025;

Quando o ciclo se inicia depois das 00:00 horas do dia 21 de novembro, a greve pode ir desde o início do ciclo do dia 21 de novembro de 2025.

Os serviços mínimos serão assegurados, nos serviços referidos nos artigos 397º da LGTFP e 537º do Código do Trabalho que funcionem ininterruptamente 24 horas por dia, nos sete dias da semana, propondo-se indicativamente, em termos efetivos, um número igual àquele que garante o funcionamento aos domingos, no turno da tarde, sendo que tais serviços serão fundamentalmente assegurados pelos trabalhadores que não pretendam exercer o seu legitimo direito à greve. Serão ainda assegurados os tratamentos de quimioterapia e hemodiálise já anteriormente iniciados.

Viana do Castelo, 06 de novembro de 2025

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