Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos

UM BALANÇO NOS 45 ANOS DO 25 DE ABRIL

Grandes alterações foram registadas nos meios laboral e sindical nestes 45 anos depois do 25 de Abril.

No dia 25 de Abril deste ano, a democracia está de parabéns. Comemoram-se quarenta e cinco anos desde o dia em que a Revolução derrubou um regime antidemocrático e as suas estruturas. Nos meios laboral e sindical, verificaram-se grandes alterações desde a Revolução dos Cravos. No meio laboral, as greves faziam parte das práticas condenadas pelo Estado e vigiadas pela polícia, porque às classes trabalhadoras não assistia o direito de reivindicar o que quer que fosse. Sindicatos, antes do 25 de Abril? Sim, havia-os com esse nome, mas o seu papel era decorativo. Na ordem corporativa de Salazar, os sindicatos giravam na órbita do Estado e a sua autonomia era meramente fictícia. no entanto, alguns sindicatos tinham alcançado já alguma independência. Apesar disso, a maior parte dos sindicatos estava de facto sob a alçada do Estado; esta situação só se alterou com o 25 de Abril de 1974.

Na época que se seguiu à Revolução dos Cravos, verificaram-se grandes alterações no movimento sindical e no meio laboral. Por um lado, os sindicatos centraram-se na defesa dos direitos dos trabalhadores. Por outro lado, os primeiros governos provisórios preocuparam-se com a elaboração das leis sindicais, que consignassem os direitos fundamentais dos trabalhadores portugueses.

Os sindicatos passaram por diversos ciclos nestes 45 anos: uns de crescimento, outros de luta reivindicativa, outros ainda de crise. No entanto, o movimento sindical foi o que mais evoluiu; consagraram-se os direitos dos trabalhadores e assumiu um peso muito importante, que ainda hoje se mantém. Passados 45 anos, o movimento sindical tem sido reconhecido como um fator fundamental no desenvolvimento democrático da sociedade.