BULLYING NO TRABALHO. Como identificar e combater
O Bullying no trabalho não escolhe sectores e atinge já 5% a 20% dos trabalhadores na Europa, segundo a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho.
FORMAS DE BULLYING NO TRABALHO
O bullying consiste em atos de violência física ou psicológica intencionais e reiterados. Apesar de ser mais comum nas escolas e com jovens, trata-se de uma realidade igualmente constatável no local de trabalho, entre chefia e seus trabalhadores ou até entre colegas de trabalho.
Pode não ser fácil perceber se uma pessoa é vítima de bullying, uma vez que este é praticado frequentemente de forma dissimulada, camuflado em comportamentos estranhos.
SÃO EXEMPLOS DE COMPORTAMENTOS DE BULLYING:
- acusações sem fundamento;
- ameaças;
- pressão constante;
- agressões verbais;
- abusos físicos;
- humilhações públicas;
- gestos de intimidação ou desvalorização;
- omissão de informação ou fornecimento de informações erradas;
- imposição de datas ou objetivos impossíveis;
- imposição de tarefas irrelevantes ou descontextualizadas;
- isolamento e ostracismo;
- recusa de comunicação;
- promoção do insucesso;
- destruição das condições de trabalho.
A vítima pode identificar o bullying pelas próprias consequências graves deste, tais como o stress e a ansiedade constante que se sente, as perturbações do sono, a quebra da autoestima, a depressão, a desmotivação para trabalhar, a queda de produtividade, entre outros.
REAÇÕES POSSÍVEIS AO BULLYING
Uma vez identificado o bullying no trabalho, é chegada a altura de tomar uma atitude.
Ignorar o bullying, entrar de baixa, faltar ao trabalho e pedir a demissão são soluções frequentes adotadas nos casos de bullying. Tratam-se de soluções que dão a vitória ao agressor.
Será importante dizer ao agressor para parar, de forma perentória, durante os comportamentos de bullying, mas sem reagir exaltadamente, da mesma forma que o agressor, o que pode agravar a situação.
Quando o bullying parte da mais alta chefia não é producente recorrer aos superiores, sendo possível apenas falar com outros dirigentes, com o departamento de recursos humanos ou com os colegas de trabalho.
É possível, no entanto, agir externamente, fazendo uma queixa de trabalho à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) ou abrindo um processo em tribunal. Será necessário reunir provas e testemunhas, assim como guardar registos dos comportamentos de bullying para formar uma acusação sólida.
Deve-se pedir a companhia e a ajuda dos colegas de trabalho quando se tem de lidar com os agressores. Assim, os colegas poderão ajudar a evitar e a condenar o bullying, ou poderão servir como testemunhas.
Também se pode procurar o apoio de alguém fora da empresa, desde um amigo a um psicólogo, de um médico a um advogado. O importante é não viver a situação sozinho e não admitir a sua continuação.